Publicado em:
26/5/2024
A urticária, também conhecida como urtiga ou "rash", caracteriza-se por manchas vermelhas e elevadas na pele, com frequente sensação de coceira. Na atenção primária à saúde, o manejo da urticária envolve avaliar a gravidade, identificar possíveis gatilhos e fornecer tratamento para alívio dos sintomas.
Aqui está uma abordagem geral para o manejo da urticária:
O primeiro passo é realizar uma história clínica detalhada e exame físico para avaliar as características das lesões e qualquer correlação com alergias ou gatilhos ambientais.
Pode-se perguntar sobre novos medicamentos, produtos, alimentos ou mudanças relevantes no estilo de vida que poderiam estar associados aos sintomas.
Identificar e evitar gatilhos conhecidos é uma parte crítica do manejo da urticária na atenção primária. Isto pode incluir alérgenos alimentares, medicamentos, mordidas de insetos, estresse e estímulos físicos como calor, frio ou pressão.
Antihistamínicos: Medicamentos de primeira linha para alívio dos sintomas, que podem incluir agentes de primeira geração, como a difenidramina, e de segunda geração, como a cetirizina ou loratadina.
Corticosteroides: Em casos de urticária grave ou persistente, os corticosteroides orais podem ser prescritos como uma terapia de curto prazo para controlar a inflamação.
Evitar Desencadeantes: Recomenda-se evitar ou eliminar fatores conhecidos que desencadeiam os sintomas.
Modificadores do Leucotrieno: Em alguns casos, podem ser considerados se os antihistamínicos não forem eficazes.
Instruir sobre a importância de evitar gatilhos conhecidos e a maneira correta de utilizar medicamentos.
Aconselhar sobre técnicas de cuidado da pele para reduzir o desconforto, como o uso de loções calmantes, banhos frescos ou compressas frias.
É essencial monitorar a resposta ao tratamento e ajustar conforme necessário. Os pacientes devem ser orientados a procurar ajuda médica se os sintomas piorarem ou se houver sinais de anafilaxia, como dificuldade para respirar ou inchaço da boca e da garganta.
Se os sintomas persistirem, não responderem ao tratamento inicial, ou se a origem da urticária for incerta, o paciente pode ser encaminhado a um especialista (alergista/imunologista) para investigação mais aprofundada e tratamento especializado.
Se a urticária é recorrente, pode ser útil explorar estratégias de prevenção, o que pode envolver mudanças na dieta, no ambiente ou outras adaptações com base nos gatilhos identificados.
O manejo da urticária na atenção primária envolve várias etapas, desde a avaliação inicial e o tratamento de alívio dos sintomas até intervenções de longo prazo e prevenção. Abordagens interdisciplinares e a inclusão de educação do paciente são cruciais para o sucesso do tratamento. O encaminhamento para especialistas é recomendado quando as causas não são claras ou os tratamentos iniciais não conseguem controlar os sintomas.