Publicado em:
16/1/2024
Enquanto as promessas terapêuticas da cannabis medicinal são significativas, é importante reconhecer os possíveis efeitos colaterais para um uso informado e seguro.
O uso de cannabis medicinal pode levar a uma série de efeitos colaterais de curto prazo. Alguns dos mais comuns incluem:
Tontura ou vertigem: Uma sensação de leveza ou desequilíbrio é frequentemente relatada, particularmente após o uso de variedades com alto teor de THC.
Boca seca: Também conhecida como "cottonmouth", a redução da salivação é um efeito colateral típico.
Alterações no humor: Pode incluir euforia em alguns pacientes ou, inversamente, ansiedade e paranoia, especialmente em doses mais altas de THC.
Alterações visuais: Alguns usuários podem perceber uma mudança leve na percepção visual.
Fadiga: A cannabis medicinal pode ter um efeito sedativo, levando a um desejo de dormir e relaxar.
Dificuldades de concentração: O THC pode afetar a memória de curto prazo e a atenção, dificultando a concentração.
Aumento do apetite: Frequentemente referido como "larica", é uma sensação acentuada de fome.
Os efeitos colaterais a longo prazo geralmente estão associados ao uso crônico e dependem da quantidade e frequência de uso:
Tolerância: A necessidade de quantidades crescentes da substância para alcançar o mesmo efeito é uma preocupação potencial com o uso crônico.
Dependência: Embora seja menos viciante do que muitas outras substâncias, a cannabis medicinal pode levar a uma dependência física ou psicológica em alguns usuários.
Sintomas respiratórios: O fumo da cannabis pode irritar os pulmões e contribuir para sintomas respiratórios, embora o risco possa ser menor em comparação ao fumo do tabaco.
O uso de cannabis, principalmente com alto teor de THC, pode desencadear ou exacerbar condições psiquiátricas:
Ansiedade e paranóia: Em alguns casos, o uso de cannabis pode aumentar a ansiedade e induzir paranoia ou pensamentos irracionais.
Psicose: Há relatos de início de psicose relacionados ao uso de cannabis, especialmente em indivíduos com predisposição genética.
Depressão: A relação entre a cannabis e a depressão é complexa e pode variar entre os indivíduos.Riscos Cardiovasculares
Aumento da frequência cardíaca: A cannabis pode levar a uma frequência cardíaca elevada por um período curto após o uso.
Hipotensão postural: Uma queda repentina na pressão arterial ao se levantar, que pode resultar em tontura ou desmaios.
A cannabis medicinal pode interagir com vários medicamentos, incluindo, mas não limitado a:
Anticoagulantes: Pode haver risco aumentado de sangramento.
Medicamentos para pressão arterial: Pode haver alterações na eficácia desses medicamentos.
Anticonvulsivantes: Pode haver mudanças nos níveis de drogas usadas para tratar convulsões.
Gravidez e Amamentação: A cannabis medicinal não é recomendada para mulheres grávidas ou amamentando devido aos potenciais riscos de desenvolvimento para o bebê.
Idosos: Pacientes mais velhos podem ser mais sensíveis aos efeitos da cannabis e podem ter um maior risco de quedas e confusão.Jovens: O uso de cannabis em adolescentes está associado a potenciais impactos no desenvolvimento do cérebro.
Além dos efeitos colaterais físicos e psicológicos, o uso de cannabis medicinal pode ter implicações legais e sociais dependendo das leis locais e do estigma associado ao seu uso.
É crucial abordar a cannabis medicinal com uma compreensão completa dos possíveis efeitos colaterais. Pacientes e médicos devem trabalhar juntos para avaliar os riscos e benefícios, sempre considerando a história médica individual, as condições de saúde atuais e outras terapias em uso. A monitorização cuidadosa é essencial para otimizar os benefícios terapêuticos enquanto se minimiza o risco de efeitos adversos.