Publicado em:
18/1/2023
Descubra o que é celulite, qual a causa do problema e como as mudanças na alimentação podem melhorar a aparência da pele
Celulite é o nome popular da lipodistrofia ginóide, que é o acúmulo de gordura embaixo da pele. Caracterizada pelo aspecto ondulado da pele, tipo “casca de laranja”, em algumas áreas do corpo. Afeta cerca de 85% das mulheres após a puberdade. Costuma aparecer nos locais do corpo onde há maior concentração de gordura: por isso é tão comum ocorrer celulite na perna e celulite na barriga. Em grau avançado, a celulite pode causar dor local e comprometer a sua qualidade de vida.
“Como acabar com a celulite” ou '' como eliminar a celulite'' são questionamentos comuns apontados pelas mulheres e também pelos homens. A celulite afeta ambos os sexos e está presente em todas as etnias. Mas antes de responder essas perguntas temos que entender melhor o que é a celulite, quais são as possíveis causas e se é possível evitá-las.
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A lipodistrofia ginóide, conhecida popularmente como celulite, é a denominação dada ao acúmulo de gordura abaixo da pele. São alterações na estrutura das camadas profundas da pele, da microcirculação de sangue local e das células de gordura da hipoderme (parte profunda da pele). Atinge 85% das mulheres acima dos 20 anos e praticamente todas terão celulite em alguma fase da vida.
Cerca de 10% das mulheres que apresentam celulite não sabem que tem a doença.
Acomente também o sexo masculino, mas em menor frequência devido às diferenças anatômicas do tecido adiposo entre os sexos. Nos homens as células de gordura são menores em comparação com a das mulheres.
A formação da celulite envolve mudanças na circulação sanguínea e na drenagem linfática locais, nesse cenário, as trocas de nutrientes e a oxigenação da região ficam prejudicadas.
A falta de oxigênio nas estruturas do tecido adiposo desequilibra a capacidade de quebra e de formação da gordura, favorecendo a lipogênese (termo técnico que se refere à formação de gordura).
O resultado é visto na pele como regiões aparentemente mais volumosas, onduladas e em alguns casos aparentam ter ''furinhos''. Com o tempo, pela falta de oxigênio, de nutrientes e pelo excesso de células adiposas, a celulite pode começar a gerar fibrose - com o desbalanço metabólico é estimulada a produção de colágeno de forma desordenada, isso gera uma cicatrização local que torna a região espessa, rígida e até mesmo dolorida.
Nem toda celulite é igual. O quadro pode surgir em intensidades diferentes e pode evoluir com o tempo a depender dos cuidados e do tratamento adotados pelo indivíduo. Essa evolução pode ser na direção do aumento ou da redução da celulite.
Costuma surgir em locais do corpo onde há maior acúmulo de gordura e flacidez de pele.
Geralmente é imperceptível à olho nu, mas caso a região seja pressionada com as mãos sentimos a pele ligeiramente áspera e com menor elasticidade.
As alterações na pele aparecem somente com a contração da musculatura local.
As mudanças na pele são vistas mesmo sem contração muscular e sem pressionar a região. Há a formação de nódulos e pode gerar dor ao apertar a região.
Os nódulos se tornam cada vez mais visíveis e mais dolorosos. Há também prejuízo da circulação local o que gera edema (inchaço) da região, além de dor e sensação de peso - quando a celulite está nas pernas elas parecem estar mais pesadas.
Os fatores que aumentam a sua chance de desenvolver celulite são: sexo feminino, hereditariedade (presença de familiar com celulite), alterações hormonais (por isso o risco aumenta na adolescência), uso de anticoncepcional (o estrogênio é o principal hormônio envolvido) e alimentação com excesso de alimentos que aumentam a glicemia, pois a elevação do nível de glicose (açúcar) no sangue estimula a produção da insulina.
A insulina é um hormônio que aumenta a produção de células adiposas e favorece a retenção hídrica.
Outro fator de risco importante é o sedentarismo, pois além de contribuir para a redução da massa muscular, com consequente aumento da gordura corporal, a falta de músculos na região das pernas dificulta a circulação local e pode predispor ao surgimento da celulite.
Alimentos antioxidantes: os radicais livres são os principais responsáveis pelo envelhecimento celular e contribuem para que o edema causado pela celulite se torne mais aparente e aumente com o passar do tempo. As frutas, os legumes e as verduras são excelentes fontes de antioxidantes e não possuem contraindicações para você inserí-las no seu dia-a-dia.
Hidratação: manter-se bem hidratada(o) é fundamental para manter o funcionamento do nosso corpo, o transporte de nutrientes é favorecido, assim como a oxigenação dos nossos órgãos (como a pele) e tecidos.
Evitar alimentos com alto índice glicêmico: o aumento da glicemia (nível de açúcar no sangue) favorece a formação das células de gordura. Para evitarmos picos glicêmicos algumas orientações são importantes: preferir alimentos integrais (pão e arroz integrais, por exemplo), evitar o consumo de carboidratos refinados e alimentos ultraprocessados, reduzir o consumo de doces e açúcares. Em caso de consumo eventual, associar a ingestão com proteínas e fibras pode reduzir o efeito sobre a sua glicemia.
Sabemos que o cigarro possui mais de 4 mil substâncias tóxicas que ao entrarem em contato com o organismo podem provocar muitas doenças, inclusive a celulite. O tabagismo altera a circulação sanguínea, principalmente a microcirculação que é o meio pelo qual a pele é nutrida e recebe oxigênio. Ao piorar o fluxo de sangue local, é reduzida a oxigenação tecidual, há aumento dos radicais livres com consequente formação da celulite.
O álcool promove o acúmulo de gordura corporal ao favorecer a lipogênese - formação de células de gordura.
Ajustar a sua alimentação e iniciar a prática regular de exercícios físicos são mudanças essenciais no seu estilo de vida para evitar o surgimento da celulite, e caso você já tenha, esses são um dos pilares essenciais para o tratamento.
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