Alimentação saudável

Glicemia alta: o que significa e como evitar

Publicado em:

6/1/2023

Atualizado em:
21/3/2024
Medidor de glicemia

A hiperglicemia ou glicemia alta é caracterizada pelo aumento de açúcar no sangue. Veja como o quadro se desenvolve e o que fazer para evitar o desequilíbrio.

A glicose é um tipo de açúcar proveniente dos alimentos, principalmente dos carboidratos, como pães, massas, batatas e outros tubérculos e raízes. É uma fonte de energia para o nosso metabolismo, mas em excesso, porém, pode representar um risco para a saúde. A glicemia alta é o resultado de uma combinação de fatores relacionados à alimentação. Uma alimentação balanceada é capaz de manter a sua glicemia dentro da normalidade, porém variações nesse equilíbrio alimentar como, por exemplo, consumir doces, alimentos ultraprocessados e a ausência de fibras no dia-a-dia podem elevar a sua glicemia. A ausência de uma rotina de atividades físicas, o consumo de álcool e o tabagismo também são fatores que podem levar a um quadro de hiperglicemia.

Esse quadro pode levar ao surgimento de alguns sintomas desconfortáveis, sem falar no risco de desenvolver pré-diabetes e diabetes tipo 2. Continue lendo e descubra o que significa glicemia alta, quais são as causas, quais os sintomas da glicemia alta e como evitar:

  • O que é glicemia alta?
  • Glicemia alta: sintomas podem incluir perda de peso repentina
  • Glicemia alta em jejum: exame mede o nível da glicose no sangue

E muito mais!

O que é glicemia alta?

O aumento da glicemia (glicose na corrente sanguínea) após o consumo de alimentos – também conhecido como resposta glicêmica – é um acontecimento fisiológico que depende da taxa de entrada de glicose na circulação, da quantidade de glicose absorvida e da taxa de desaparecimento da circulação devido à sua absorção pelos órgãos e tecidos do corpo.

Os alimentos que contêm carboidratos têm uma ampla gama de efeitos sobre a resposta glicêmica, com alguns resultando em um rápido aumento seguido de uma rápida queda nas concentrações de glicose no sangue, enquanto outros mostram um aumento prolongado e uma queda prolongada lenta da glicemia. 

A glicemia é controlada por dois hormônios produzidos no pâncreas: a insulina, que tem a função de diminuir a quantidade de glicose no sangue e o glucagon, que provoca o efeito contrário. Para a glicose chegar ao nível celular, é preciso que a parte hormonal esteja funcionando adequadamente. Caso contrário, o açúcar passa a se acumular na corrente sanguínea.

A hiperglicemia é caracterizada pelo excesso de açúcar no sangue. Ela pode surgir, por exemplo, quando um indivíduo saudável, que apresenta uma alimentação balanceada, ingere uma quantidade maior de doces ou de carboidratos de alto índice glicêmico, como pães e massas não integrais. Nesse caso, é natural e esperado que a glicemia suba momentaneamente, provocando alguns sintomas temporários, que desaparecem conforme o organismo se auto regula. 

Porém, quando a glicemia alta se torna um quadro crônico, é melhor ligar o alerta! Esse é um fator que predispõe ao diabetes mellitus e, em alguns casos, pode ser o sintoma dessa doença. É necessário ter acompanhamento médico para investigar, no seu caso, as causas da hiperglicemia, além de ajustar alguns hábitos que favorecem essa condição.

Glicemia alta: sintomas podem incluir perda de peso repentina

Quando se observa a lista de sintomas da glicemia alta, fica um pouco mais fácil entender como a glicose age no nosso organismo. É sabido que a glicose atua como fonte de energia para que o corpo humano realize suas reações metabólicas: respirar, se mover, mastigar, digerir, raciocinar, se concentrar… ou seja: absolutamente tudo que requer energia. É um erro, porém, acreditar que aumentar o nível de glicose no sangue acima do recomendado vai fazer com que o organismo funcione melhor. Pelo contrário: a glicemia alta diminui a capacidade de eliminação dos radicais livres - o que pode ocasionar danos nas células e envelhecimento precoce - além de comprometer o metabolismo de várias células.

Outra noção equivocada sobre a glicemia alta é a perda de peso que ela pode provocar. Para quem tenta estratégias para emagrecer por conta própria, pode até parecer um bom sinal a perda de peso repentina que o descontrole glicêmico provoca, mas esse não é um motivo para comemorar. A hiperglicemia pode ter relação tanto com a produção ineficaz de insulina (que ocorre no tipo 1 do diabetes) quanto com a resistência à ação do hormônio (característica do diabetes tipo 2). Ou seja, a perda de peso pode ser um sinal de que você está doente.

A perda de peso não-intencional ocorre quando o organismo recorre a outras fontes de energia - como as reservas de gordura e de músculo - uma vez que o metabolismo da glicose está alterado. Nesses casos, a glicose que chega ao organismo por meio da ingestão de alimentos não pode ser absorvida pelas células, já que a ação da insulina está comprometida. Esse é um dos motivos pelo qual a fome exagerada também costuma aparecer, é o corpo tentando compensar a falta de energia que não consegue chegar em suas células.

Sintomas de glicemia alta

  • Sede excessiva, ainda que mais água seja ingerida
  • Visão turva 
  • Dores de cabeça
  • Dificuldade de concentração
  • Aumento das idas ao banheiro para urinar
  • Fadiga 
  • Perda de peso sem motivo aparente
  • Muita fome
  • Sensação de formigamento pelo corpo

Glicemia alta em jejum: exame mede o nível da glicose no sangue

Como saber se a glicemia está alta? A observação dos sintomas é importante, mas não basta para fechar o diagnóstico, pois são sintomas que podem estar presentes em outras condições. Em um exame de glicemia de jejum, valores de referência vão ajudar médicos e nutricionistas, junto com o quadro clínico do paciente, a entenderem o que está acontecendo. Existem remédios para reverter a glicemia alta e ajudar a controlar a glicose sanguínea em níveis adequados. Vale ressaltar, que não substitui a necessidade de mudanças na alimentação.

Ao observar sinais de glicemia alta, o exame de glicemia em jejum é uma das formas de diagnosticar essa condição. Para ter um resultado confiável, é preciso que o paciente se mantenha em jejum por um período que pode variar entre 8 a 12 horas. O consumo de água é permitido até que a coleta do sangue seja realizada. Quando a glicemia está alta, o valor apurado será superior a 99 mg/dL em pessoas com menos de 59 anos que apresentam boas condições de saúde. Entre idosos e pessoas com comorbidades, valores um pouco mais altos podem ser considerados normais. É preciso analisar a fundo o histórico de saúde de cada indivíduo para interpretar de forma correta o resultado do exame.

A glicemia em jejum alta costuma ser apontada quando o valor é igual ou superior a 126 mg/dL, indicando um quadro de diabetes. Quando o resultado do exame aponta para esse diagnóstico, é recomendado que seja feita repetição da análise, coletando sangue novamente. Mas lembre-se: essa conduta, quem irá decidir junto com você, é o médico especialista que te acompanha. 

Pessoas com mais de 45 anos devem realizar esse exame anualmente, ainda que não haja sintomas de glicemia alta. Já os indivíduos que têm risco de desenvolver diabetes - por exemplo, pessoas com histórico familiar positivo - podem ter que realizar o teste com uma frequência ainda maior.

Glicemia alta: o que fazer para evitar picos

Entender o que causa glicemia alta é fundamental para elaborar e seguir uma rotina diária que não dê espaço para o excesso ou até mesmo para a falta de glicose no sangue. Uma das situações que mais causa desequilíbrios glicêmicos é não ter uma alimentação balanceada e distribuída em refeições ao longo do dia. Pular refeições ou ficar longos períodos sem se alimentar, fazer somente 1 ou 2 refeições no dia com maior quantidade de alimentos, podem alterar a sua glicemia.

O café da manhã, por exemplo, é fundamental para adequar o nível glicêmico que se encontra baixo após horas de sono. Mas não basta comer qualquer coisa: a variedade e a qualidade dos alimentos escolhidos para essa e para as outras refeições têm que ser observadas e levadas em consideração.

Em um plano alimentar elaborado por um profissional de saúde capacitado, como o nutrólogo ou o nutricionista, são calculadas as quantidades de cada nutriente que será ingerido. É dessa forma que são evitados os aumentos repentinos de glicose no sangue, assim como a deficiência energética. Ao indicar o que deve ser ingerido, o índice glicêmico (velocidade que o açúcar chega à corrente sanguínea) de cada alimento é levado em consideração, assim como os nutrientes que ele possui. 

Veja a seguir uma lista de alimentos que podem ser recomendados no plano alimentar de quem tem glicemia alta:

  • Grãos integrais, como aveia e quinoa, que também são ricos em fibras;
  • Leguminosas: feijão, grão-de-bico e ervilhas, por exemplo;
  • Frutas frescas: cereja, damasco, maçã, pêra, laranja e morango são boas opções;
  • Verduras e legumes como alface, tomate, cebola, vagem e abóbora;
  • Oleaginosas: castanhas, amendoim e nozes, por exemplo;
  • Carnes magras e laticínios desnatados.

Por outro lado, há alimentos que são repletos de açúcar e de carboidratos simples, que são absorvidos muito rápido pelo organismo e elevam a glicemia, causando picos, e oferecendo pouca saciedade:

  • Doces em geral: geleias, compotas, chocolates, biscoitos e outros tipos de guloseimas;
  • Bebidas como refrigerantes, cervejas, vinhos e destilados, como vodca;
  • Carnes processadas como presunto, mortadela e salame;
  • Tubérculos: batata, batata doce, aipim e inhame.

É muito importante entender, junto ao profissional que te acompanha, quais alimentos devem ser priorizados e quais devem ser excluídos da rotina alimentar. Assim, ao perceber algum sintoma, a glicemia alta pode ser controlada mais facilmente.

Glicemia alta: como baixar?

Em primeiro lugar, e o mais importante: procure ajuda médica.

Após orientado e assistido pelo profissional, algumas medidas podem também auxiliar, como beber diariamente a quantidade de água recomendada para o seu corpo vai ajudar o organismo a funcionar corretamente. Ao sentir-se mal, beber um copo de água vai ajudar a tranquilizar suas emoções e ajudar o metabolismo a se equilibrar novamente.

Fazer uma caminhada leve pode não ser a sua vontade no momento que os sintomas da glicemia alta se manifestam, mas essa prática pode trazer benefícios nesse momento, reduzindo o estresse. Na próxima refeição, aposte em proteínas e vegetais sem amido, como as verduras.

Glicemia muito alta e o Diabetes

O diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica na qual o indivíduo apresenta nível de glicose sanguínea acima do normal. A hiperglicemia, algumas vezes, pode ser silenciosa, ou seja, pode não gerar sintomas perceptíveis.

Realizar exames periódicos é uma maneira de identificar o aumento da quantidade de glicose no sangue e evitar que essa elevação se cronifique e se instale. Adotar um estilo de vida saudável pode ser suficiente para afastar uma condição que precisará ser tratada para o resto da vida.

Também há casos em que a glicemia muito alta só é descoberta quando o diabetes já se estabeleceu no organismo. Nesse caso, medicamentos para diabetes prescritos pelo médico podem ajudar a controlar a glicemia, mas a manutenção da saúde vai continuar dependendo das escolhas diárias à mesa e do quando o corpo é exercitado.

Dicas para evitar a hiperglicemia

Ter uma rotina em que a prática de exercícios físicos não está entre as prioridades e que a alimentação é feita de maneira desregrada são os principais motivos por trás dos quadros de glicemia alta, o que pode causar complicações graves à saúde. Não é exagero afirmar que apenas alguns minutos de prática de esportes pode transformar o seu corpo de dentro para fora, impactando inclusive na sua glicemia. 

Quem nunca recorreu a algum tipo de comida cujo sabor é fruto de alta concentração de açúcar como forma de se sentir mais feliz ou relaxado após um dia intenso? Ou então costuma exagerar no happy hour como forma de aliviar o estresse do trabalho? Esse tipo de escolha costuma cobrar um preço alto quando vira hábito.

Por outro lado, ter uma rotina construída a partir de hábitos saudáveis, estabelecer uma distribuição adequada de refeições ao longo do dia, seguir um plano alimentar adequado às necessidades nutricionais individuais, ter regularidade na prática de exercícios físicos, conseguir descansar de maneira adequada, manejar o estresse e nutrir boas relações podem ajudar a manter não só a glicose equilibrada, como todas as funções que o organismo desempenha.

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