Saúde

Obesidade: o que é, graus de obesidade e causas

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Escrito por:
Eduardo Rauen

Publicado em:

31/10/2022

Atualizado em:
21/3/2024
Pessoa medindo circunferência abdominal com fita métrica

Descubra como a Obesidade - doença endêmica no Brasil - se desenvolve, quais são seus sintomas e o que fazer para evitar o acúmulo excessivo de gordura.

Descubra como a obesidade - doença prevalente no Brasil e no mundo - se desenvolve, quais são os sintomas e o que fazer para evitar o acúmulo de gordura corporal.Obesidade é um tema frequentemente presente nos noticiários e preocupa muita gente. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), há mais de 18 milhões de brasileiros obesos. Considerando também os casos de sobrepeso, o número salta para 70 milhões.

Sedentarismo, aumento do consumo de ultraprocessados e de bebidas açucaradas, além do consumo de álcool estão entre os principais fatores que contribuem para o acúmulo crônico de gordura corporal e consequente desenvolvimento da obesidade.Nesse artigo, você vai descobrir:

  • O que é obesidade
  • Dados sobre a obesidade no Brasil
  • Obesidade infantil: quais são seus riscos
  • Obesidade em adultos
  • Sinais e sintomas relacionados à obesidade
  • Graus de obesidade
  • Como emagrecer com saúde

O que é obesidade?


Uma das definições da obesidade é: uma condição decorrente do excesso de gordura corporal, ou seja, um estoque de gordura que vai além da demanda funcional do organismo. Em outras palavras, a obesidade acontece quando um indivíduo ingere mais calorias do que gasta de forma crônica, ao longo de anos. Com o tempo, esse balanço energético positivo resultará em excesso de gordura corporal que associado a uma alimentação desequilibrada e ao sedentarismo, abre as portas para outras doenças, com impacto negativo na qualidade de vida da pessoa com obesidade.

A região do corpo onde a gordura está acumulada também importa. Na obesidade abdominal, a maior parte da gordura se acumula na barriga, o que chamamos de gordura visceral e é a mais associada às doenças metabólicas.

Obesidade no Brasil: doença atingirá quase 30% dos brasileiros adultos até 2030.

O desenvolvimento da obesidade é multifatorial e está também diretamente ligado aos hábitos alimentares dos brasileiros ao longo dos anos. Para se ter uma ideia, dados do Censo Industrial de 1920 mostram que, naquele ano, havia 2709 indústrias de alimentos no Brasil, sendo somente 126 fábricas de chocolate e doces e 88 empresas de refinamento de açúcar. Já em 2021, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos, o setor era responsável por 10,6% do PIB nacional, sendo também responsável por 16% das exportações totais brasileiras neste ano. Os números englobam desde alimentos que são minimamente processados a alimentos ultraprocessados e de baixo valor nutricional. Ao longo de 100 anos, o espaço para uma alimentação saudável, feita à base de alimentos integrais - sobretudo legumes, frutas, verduras - foi ficando cada vez menor.

De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade 2022, desenvolvido pela Federação Mundial da Obesidade, a incidência da doença no Brasil terá um aumento gradual de 2% ao ano até 2030. Isso significa que, em menos de 10 anos, 29,7% da população brasileira adulta terá algum grau de obesidade. Para a população infantil também é esperado um aumento, e ainda maior comparado aos adultos, com um crescimento de 3,8% ao ano.

Obesidade infantil: quais são os riscos que a doença traz nessa fase da vida?

A obesidade infantil surge de uma interação complexa entre fatores genéticos, dietéticos, de atividade física e ambientais. Uma alimentação rica em alimentos processados e a inatividade física são as principais preocupações. A genética, por exemplo, pode contribuir para que uma criança desenvolva obesidade. Filhos de pais obesos têm uma predisposição muito maior à doença.

O consumo rotineiro de alimentos ricos em gordura saturada, açúcares adicionados e elevada densidade calórica, frequentemente associado à falta de consumo adequado de frutas, vegetais e outros alimentos integrais, favorece o desenvolvimento da obesidade. Além disso, padrões alimentares irregulares e o hábito de pular refeições, especialmente o café da manhã, contribuem para o problema.

A redução da atividade física é outro fator significativo. Com o aumento do uso de dispositivos eletrônicos, muitas crianças passam horas sentadas, o que contribui para o sedentarismo que é um fator de risco para a obesidade.

Crianças com obesidade apresentam risco elevado de desenvolver doenças crônicas, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, asma e apneia do sono. Além disso, a obesidade na infância aumenta a probabilidade de ter obesidade na idade adulta, aumentando os riscos de problemas de saúde ao longo da vida.

A obesidade infantil frequentemente leva a problemas de autoestima e imagem corporal, podendo resultar em ansiedade, depressão, isolamento social e transtornos alimentares.

Obesidade na idade adulta

Jornadas longas de trabalho e o tempo gasto no trânsito ocupam boa parte das horas do dia e, sem o planejamento necessário para um estilo de vida saudável, o Fast Food facilmente se torna almoço e/ou jantar.

A prática regular de exercícios físicos também acaba perdendo espaço na agenda para outros compromissos. Não é fácil acordar mais cedo para praticar um esporte antes do trabalho ou encarar uma série de musculação depois do expediente.

Outro fator relacionado à obesidade em adultos é o consumo de álcool. A European Association for the Study of Obesity concluiu que consumir mais de 7g de álcool por dia é o suficiente para aumentar o risco de obesidade e síndrome metabólica em adultos. O estudo analisou cerca de 27 milhões de pessoas a partir dos 20 anos de idade na Coréia do Sul.

Sinais e sintomas relacionados à obesidade

Além do aumento da circunferência da cintura, há outros sinais e sintomas que podem estar presentes:

  • Sensação de falta de ar: o excesso de gordura pode dificultar a respiração devido ao aumento da pressão intra-abdominal.
  • Condicionamento físico ruim: até tarefas simples do dia a dia se tornam extenuantes.
  • Piora do sono: o excesso de gordura ao redor do pescoço pode provocar roncos e apneia durante o sono.
  • Dores em articulações: devido à sobrecarga de peso na coluna e nos joelhos.
  • Problemas circulatórios: surgimento de varizes.‍

Graus de obesidade: como a doença é classificada?


A classificação dos graus de obesidade é feita a partir do IMC - Índice de Massa Corporal, cujo resultado é obtido através da divisão do valor do peso de um indivíduo em quilogramas por sua altura ao quadrado.
Veja a seguir as classificações de acordo com o resultado do IMC:


Sobrepeso: IMC de 25,0 a 29,9Kg/m2.
Obesidade Grau 1: IMC entre 30,0 e 34,9 Kg/m2.
Obesidade Grau 2: IMC 35,0 a 39,9Kg/m2.
Obesidade Grau 3: IMC maior ou igual a 40Kg/m2).Estratégias para emagrecer de forma saudável


Para um emagrecimento eficaz e duradouro, é essencial adotar uma abordagem individualizada e que cuide do indivíduo de forma integral. Uma alimentação balanceada com vegetais, frutas, proteínas, gorduras insaturadas e carboidratos integrais, associada à prática regular de exercícios físicos, pelo menos 240 minutos por semana, são recomendações que você já pode iniciar.


A chave para o sucesso no emagrecimento é uma mudança de estilo de vida sustentável, focando na saúde global e não apenas na perda de peso temporária. Para isso você pode contar com o time de saúde da Liti: médicos, nutricionistas, cientistas comportamentais, educadores físicos e comunidades de pessoas, que assim como você, buscam por saúde e qualidade de vida.

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O que fazer para acelerar o metabolismo?


Quando falamos em acelerar o metabolismo, seria aumentar a velocidade com que as reações do nosso corpo ocorre, esse aumento, teoricamente levaria a um maior gasto de energia.

No entanto, esse aumento precisa ser significativo para que o emagrecimento ocorra. Além disso, o aumento deve ser mantido, com constância, por um longo período para ter relevância em sua composição corporal.

Podemos lançar mão de algumas estratégias - e aqui sempre temos que considerar a individualidade de cada um, e também o que temos de evidência científica sobre o assunto - a alimentação, a massa muscular e a composição do tecido adiposo (gordura do corpo).

Quanto aos alimentos, aqueles ricos em cafeína (café, chá verde e suas derivações) são alguns dos mais estudados por terem a capacidade de aumentar o metabolismo. Outro alimento é a pimenta.

Já o aumento da massa muscular eleva o gasto calórico do corpo e aumenta também o gasto energético durante o exercício físico. E a nossa gordura corporal, que antes pensava-se que tinha a função de armazenar energia e de nos proteger contra o frio, hoje sabemos que ele é metabolicamente ativo, participa de reações hormonais do nosso corpo, podendo atuar na regulação do apetite, na sensibilidade à insulina e no gasto energético.

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